‘Não é maldade do governo’, diz Alckmin sobre aumento do IOF
Segundo o vice-presidente, medida é necessária para que país alcance déficit zero
Brasília|Edis Henrique Peres e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira (13) “não ser maldade do governo” a decisão de aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Alckmin justificou a medida pelo fato de o país não poder ter um déficit primário, o que, segundo ele, atrapalharia a redução da taxa de juros.
“Para reduzir juros, precisa ter equilíbrio fiscal. Então, não é maldade do governo. O governo não pode ter déficit, é uma responsabilidade fiscal. A maneira de fazê-lo eu entendo que deve ser pela receita e pela despesa, cortar despesa por um lado, melhorar receita do outro. A proposta do IOF já foi substituída, tem uma medida provisória que foi lançada”, disse.
Veja mais
O decreto que aumentou o IOF sofreu alterações após críticas e pressão do Congresso e, principalmente, dos representantes do setor bancário. Na quarta-feira (11), o governo federal publicou uma medida provisória que estabelece mudanças em alguns impostos, incluindo alternativas ao IOF.
No documento, está previsto um imposto maior sobre apostas esportivas, tarifas sobre títulos de investimento em renda fixa que hoje são isentos de Imposto de Renda, como LCI e LCA, e novas taxas sobre rendimentos de investimentos em diferentes aplicações financeiras.
Ainda de acordo com o vice-presidente, as alternativas sugeridas foram “boas”, em sua parte devido ao imposto das bets. De acordo com ele, não deve haver um estímulo ao jogo.
“Essa é a discussão que vai ocorrer agora no Congresso. Primeiro pressuposto, não ter déficit: criar uma maneira de zerar esse déficit” completou.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp